PLURIVERSOS

Revista Independente de Literatura

SEGUNDA EDIÇÃO DA PLURIVERSOS

12 de setembro é uma data importantíssima. Hoje é o lançamento da nossa segunda edição da Revista Pluriversos!

19h30 no bar Casa da Vó na Avenida Perimetral atrás do Country club.




        Há um ano e alguns meses, lançamos o primeiro número da revista Pluriversos. Foi a realização de um projeto que já tínhamos em mente há algum tempo e ficamos muito felizes com o resultado alcançado. A qualidade dos textos que nos foram enviados enriqueceu a revista e corroboraram com a ideia do nosso projeto. Também foi gratificante ver que as pessoas liam e comentavam sobre a revista, já pedindo um segundo número e/ou enviando textos para que publicássemos. Logo após o lançamento, então, já começamos a pensar no segundo número, que gostaríamos de ter lançado ainda em 2013.
Mas não se faz literatura com pressa, ela se faz no seu próprio ritmo. Carlos Drummond de Andrade disse “não forces o poema”. Charles Bukowski disse que, se não fosse verdadeira, a literatura não existia. Por isso decidimos esperar. Esperar que os escritores sentissem necessidade de falar, que a literatura se fizesse por si só, até entendermos que estava no momento de lançar uma segunda edição. Foram nove meses de gestação que culminaram em um parto com um filho que acreditamos sadio.
        Nessa tentativa de mapear a literatura contemporânea (com um foco voltado para o nosso estado, sobretudo para a nossa cidade), vemos um cenário interessante se construindo, com cada vez mais vertentes, e boas vertentes, numa literatura plural que fala a língua de nosso tempo, que mostra o ser humano contemporâneo vivendo sob, recebendo de e contribuindo para o mesmo Zeitgeist.
        Falando mais especificamente de Maringá e região, temos um cenário se fortalecendo com os premiados Oscar Nakassato (venceu o Benvirá e o Jabuti) que foi o entrevistado do primeiro número da revista e Marcos Peres (vencedor do prêmio SESC) que contribuiu com textos tanto para o primeiro quanto para o atual número da revista. Suas premiações não são importantes somente para suas carreiras, mas são também para todo um cenário literário maringaense e, porque não, maringaense.
        Recentemente, recebemos a agradável notícia de que alguns poetas que residem em Maringá entraram para a coletânea dos cento e um poetas da história do Paraná, desde a emancipação do estado até os dias atuais. A coletânea foi idealizada pela Biblioteca Pública do Paraná e organizada por Ademir Demarchi, poeta maringaense residente em Santos, que também colaborou com os dois números da Pluriversos. Os poetas agraciados com a inclusão na coletânea foram Marciano Lopes, Nelson Alexandre, Alexandre Gaioto e Luigi Ricciardi (todos os quatro colaborando com a revista, sendo o último finalista do prêmio SESC desse ano), sendo que os dois últimos ainda nem foram publicados oficialmente como poetas. Outros com passagem pela cidade também foram incluídos, caso de Marco Cremasco e Ana Guadalupe.
        Mas nem só dos premiados vive a revista. Outros tantos que escrevem há anos e outros tantos que começaram escrever há pouco tempo contribuem para a riqueza de nosso cenário. Há uma grande força nos mundos literários de Ademir Demarchi (poeta já consagrado), Adalberto Souza, Bruna Siena, Kélen Henn, Guilherme Ziggy, Ariana Zahdi, Jary Mércio, Victor Simião, Márcio Domenes, e outros tantos mais.
        Além dos maringaenses, temos colaborações de escritores de Campo Mourão, Recife, Santos, Joinville, e até mesmo de Buenos Aires. A todos eles dedicamos esse número. Contudo, a nossa grande homenagem vai para Marciano Lopes, recentemente e precocemente falecido. Lopes, além de poeta, era professor de literatura da UEM, e talvez um dos maiores incentivadores literários e artísticos que a cidade teve nas últimas décadas. Fica aqui a nossa homenagem a você, caro amigo, e, já parafraseando Nelson Alexandre, se o homem “vai”, ao menos a poesia fica. É para ele que dedicamos essa revista. Talvez sem o seu exemplo não tivéssemos encarado os muros de concreto (falsamente escondidos pelas árvores) e tentado fazer literatura.
        No número dois da revista Pluriversos temos cinco seções. A primeira é “Meu mundo literário”, que trará pequenos comentários de leitores falando sobre algum livro que eles tenham lido, gostado e que agora indicam. A segunda é “De lupa sobre as linhas”, que se dedicará a críticas e resenhas sobre obras literárias em geral – destaque para o texto de Marisa Corrêa Silva sobre a obra do romancista português Helder Macedo, que recentemente esteve em Maringá. A terceira seção é “Fala, escritor” que contém a ótima entrevista que o jornalista Victor Simião fez com o maranhense Ferreira Gullar, considerado pela crítica como o maior poeta brasileiro vivo. A quarta seção, intitulada “Versos para o Mundo” é dedicada à produção poética, e quinta e última “Conte como Contas” é dedicada à prosa.
        Esperamos que você, leitor, goste da revista. Que leia, que comente, que critique, que sugira. Sem o leitor não há literatura. É só acúmulo de poeira em uma estante qualquer. No nosso caso, um arquivo em pdf baixado e salvo em qualquer pasta e que nunca será lido. Sonhamos ainda em fazer novos números da revista, e eles só serão possíveis se houver a colaboração dos leitores e escritores. Ajudem-nos na divulgação da revista, escreva-nos, envie-nos seus textos.

        Aprecie a revista sem moderação. 


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